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REUNIÃO DO PODEMOS TERMINA NO CORREDOR DA INDIGNAÇÃO E LAMENTAÇÃO
A tão badalada reunião de formação e planificação do Partido Povo Optimista para o Desenvolvimento (PODEMOS), que começou promissora a 5 de Junho e se esperava encerrar triunfante nesta segunda-feira, 9 de Junho, transformou-se num palco de insatisfações e acusações. O que parecia um início "doce" para o evento de um dos mais jovens partidos, acabou por deixar um sabor amargo, com denúncias de má gestão financeira e suspeitas de desvio de fundos.
CUSTOS PENDENTES NO PEACOCK
Com a intenção de ostentar grandiosidade, o PODEMOS escolheu o luxuoso Golden Peacock Hotel, uma unidade hoteleira de quatro estrelas, na Beira, para acolher os cerca de 400 convidados. Contudo, a experiência esteve longe do prometido. Vários delegados foram "apinhados" em quartos partilhados, quando a expectativa era de acomodação individual, gerando forte descontentamento. Fontes ligadas ao Jornal Destaque revelaram que essa não era a organização planeada.
A situação no Golden Peacock agrava-se com a informação de que custos significativos do evento ainda não foram liquidados, deixando o hotel à espera de pagamentos urgentes do partido.
DÍVIDAS À IMPRENSA
Para garantir a ampla cobertura e o "pompismo" da sua primeira grande reunião, o PODEMOS convidou um grupo de jornalistas, com a promessa de 4 mil meticais diários de ajuda de custo, além de alojamento e alimentação. No entanto, a realidade foi dura: desde o primeiro dia, nenhum cêntimo foi pago aos "escribas". A frustração da imprensa é palpável, levando-os a exigir esclarecimentos do secretário-geral do partido.
Surpreendentemente, o número dois do PODEMOS alegou desconhecimento do problema, prometendo "inteirar-se" para encontrar soluções. Paralelamente, nos bastidores da liderança do partido, há divisões sobre a própria necessidade de integrar jornalistas no evento, adicionando mais um ponto de discórdia.
HÁ SUSPEITAS DE DESVIOS DE FUNDOS
O cenário mais preocupante é o que envolve a gestão dos fundos do partido. Informações que circularam na última semana em vários órgãos de comunicação social indicavam que o PODEMOS estimava gastar cerca de 15 milhões de meticais com o evento de cinco dias e 400 convidados. Contudo, até o momento, não há clareza sobre o valor real investido ou a destinação dos fundos.
A falta de transparência alimenta fortes suspeitas de desvio entre os membros do PODEMOS. O Jornal Destaque tentou contactar o porta-voz da formação política para obter um posicionamento, mas não obteve sucesso. A reunião que deveria projectar o PODEMOS para o futuro, termina agora envolta em nuvens de desorganização e acusações financeiras, manchando a imagem do amarelo que roça as cores de um partido que ainda tem um "tsunami" por ultrapassar: a escolha do seu secretário-geral.